Prefeito de Salvador por oito anos, entre 2013 e 2020, ACM Neto (UB) tem tido expressivos aumentos em sua fortuna nos intervalos em que faz a declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato a governador pelo UB teve um aumento em sua fortuna de 49,6% entre 2016, quando concorreu a um cargo pela última vez, e 2022, quando seu patrimônio declarado passou a ser de R$ 41,71 milhões.
O crescimento de sua fortuna foi acima da inflação no período. Se o patrimônio do ex-prefeito acompanhasse o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor seria de R$ 36,9 milhões, uma quantia 8,5% menor do que a declarada para concorrer ao pleito de governador.
No somatório da sua fortuna, estão R$ 7,88 milhões em um apartamento, R$ 9,34 milhões em participações societárias, R$ 6,53 milhões em um investimento em renda fixa e pouco mais de R$ 13 milhões em declarados na categoria de "outros bens e direitos".
Em 2006, quando concorreu a um cargo pela primeira vez, ACM Neto declarou R$ 820 mil de patrimônio ao TSE. Em 2012, ano em que venceu sua primeira eleição para prefeito de Salvador, sua fortuna era de R$ 9,38 milhões.
Os patrimônios declarados dos três principais oponentes de ACM Neto, juntos, não chegam a um quinto do patrimônio do ex-prefeito. Atrás do ex-prefeito, vem João Roma (PL), com R$ 5,56 milhões, seguido de Jerônimo Rodrigues (PT), com R$ 515 mil, e Kleber Rosa (PSOL), com R$ 309 mil.