Conforme a denúncia, dois ex-executivos da estatal receberam vantagem indevida de US$ 1,5 milhão entre 2009 e 2013, pagas por operadores financeiros de grupo de empresas. Renato Duque trabalhou como diretor de Serviços da Petrobras
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A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e outras quatro pessoas por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. Os denunciados são operadores financeiro ligados ao Grupo Iesa e um executivo.
Conforme a denúncia, entre 2006 e 2014 o grupo integrou um cartel composto por 16 empresas do ramo de engenharia com a finalidade de fraudar concorrências da Petrobras e dominar o mercado de montagem industrial da companhia.
Os procuradores afirmam que os executivos permaneceram associados em uma organização criminosa voltada para a prática de corrupção, lavagem de dinheiro, cartel e fraudes em licitações. Segundo a força-tarefa, diretores das empresas foram denunciados e condenados em outros casos.
A denúncia indica que, de acordo com as provas, em todos os contratos firmado pela Iesa houve oferecimento, promessa e pagamento de propina para diretorias da Petrobras.
A força-tarefa informou que, ao menos entre junho de 2009 e abril de 2013, um operador financeiro pagou vantagens indevidas no valor de US$ 29 mil mensais a Duque e para o também ex-diretor da estatal Pedro Barusco Filho, totalizando US$ 1,5 milhão.
Barusco não foi denunciado, segundo a força-tarefa, pois "as penas previstas no acordo de colaboração premiada foram atingidas, de modo que a persecução penal contra o colaborador encontra-se suspensa".
Ainda segundo a Lava Jato, entre junho de 2009 e março de 2011, a Iesa fechou um contrato e sete aditivos com a Petrobras que totalizaram R$ 3,3 bilhões. No mesmo período, uma das empresas do grupo celebrou contrato com a estatal de R$ 955,5 milhões pelo arrendamento de um estaleiro.
Conforme a força-tarefa, para viabilizar o pagamento de propina o Grupo Iesa formalizou contratos ideologicamente falsos com empresas de consultoria para movimentar o dinheiro a partir de notas fiscais frias.
O G1 tenta contato com os citados na reportagem.
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