O apresentador Tiago Leifert foi o convidado do programa Pânico desta segunda-feira, 25. Em entrevista, o jornalista desabafou sobre os julgamentos que sofreu nas redes sociais quando comandava o "Big Brother Brasil". “Sobre o cancelamento, entendo que ele aconteça. Como solução, acho que ele falhou. Até agora, o mundo não melhorou. Continuo acreditando que as pessoas merecem a chance de perdão, deletar ela é uma coisa imediatista que não existe na verdade, né?”, questionou. “Não dá para você deletar uma pessoa da sua vida, da existência. Eu fui cancelado porque tratei bem participantes que as pessoas tinham expectativa que eu tratasse mal”, acrescentou.
Leifert vê o Twitter como uma das principais plataformas de julgamentos prévios. O apresentador acredita na necessidade de uma reformulação da rede social e da maneira como os conteúdos repercutidos nela aparecem na imprensa. “Precisa de um freio de arrumação urgente. Tem gente bem intencionada lá. Eu vejo excessos, o Twitter não pode substituir a justiça, a lei, a regra. Você não pode agir lá como se fosse uma realidade paralela. Você acusa alguém lá de um crime tranquilo, não acontece nada com você, sua vida segue normalmente”, disse. “Extrapolar aquilo, achar que o Twitter é realidade, usar o Twitter de fonte, para mim, é um crime. Jornalista que faz isso deveria perder o diploma, na boa”, seguiu o jornalista.
Entre a cobertura de esportes e reality shows, Leifert afirmou ter se surpreendido com a força das torcidas do "Big Brother Brasil". “Lidei com torcidas organizadas, torcidas gigantes de São Paulo. Eu achava que a torcida do esporte era mais difícil, mas depois de cinco temporadas, posso cravar que a torcida de "BBB" é mais apaixonada que torcida de esporte, mais difícil de lidar e mais exigente. Fica em cima de nós o tempo inteiro. Ajuda, porque a gente está sempre atento. A gente toma muito cuidado com as provas e com a transparência, mas eles pegam muito no pé”, concluiu.