Declarações foram feitas a estudantes que estavam em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado (18). Presidente disse que reitores parecem ter 'soberania' e criticou currículo escolar. O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar neste sábado de "idiotas úteis" estudantes que participaram, nesta semana, de protestos contra o governo devido ao contingenciamento de verbas de universidades.
Bolsonaro se referiu aos manifestantes como "idiotas úteis" pela primeira vez no dia 15 de maio, durante viagem aos Estados Unidos.
"Em Dallas, eu falei sim, que eram, faziam lá, uma parte, são idiotas úteis. É verdade, ué. Tô mentindo? O Cara, eu vi aí, um pessoal que teve na rua, ouvindo a molecada. 'O que você tá fazendo aqui?' Não sabe de nada", disse Bolsonaro a um grupo de estudantes de São Paulo que estava na frente do Palácio do Alvorada e que o presenteou com uma camiseta.
O presidente também voltou a dizer que os estudantes que participaram das manifestações são "massa de manobra dos espertalhões de sempre". Disse ainda que os protestos são coordenados pelo "pessoal que quer voltar ao poder."
"Para alguns grupos está difícil a vida. Acabou a teta, né?", afirmou Bolsonaro aos estudantes.
Protesto contra bloqueios na educação, em Belo Horizonte
Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
O presidente disse ainda que "alguns" professores oferecem "facilidades" para convencer estudantes a participarem de protestos.
"É uma minoria que manda na escola. O pessoal fica aí, os professores, alguns, oferecendo ponto, facilidade, aí o cara participa do movimento, nem sabe o que vai fazer na rua", declarou.
Reitores
Bolsonaro também disse que os reitores de universidades públicas parecem ter hoje "autonomia total" e "soberania" e criticou o currículo escolar.
"Os reitores têm autonomia, têm autonomia. Mas hoje em dia parece que eles têm na verdade é autonomia total, né? É soberania. Tem que prestar as contas, do que tá acontecendo", disse.
"O currículo escolar não é bom. No meu tempo, na idade de vocês colégio público era bom, colégio particular não era bom. Hoje inverteu o negócio. O colégio particular, pago, como regra, é bom. O público, como regra - como regra, antes que a imprensa diz que estou atingindo todo mundo -, não é bom", completou o presidente.
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