Cem famílias Sem Terra do assentamento agroecológico Gildásio Salles Ribeiro, em Santa Cruz de Cabrália, e do assentamento Adão Preto, em Itabela, reuniram-se para os festejos de comemoração de imissão de posse.
Os assentamentos foram desenvolvidos dentro de uma perspectiva sustentável, biodiversa e agroflorestal. O projeto foi feito em parceria com o governo estadual e a Escola Agricultura Luíz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ-USP).
"Em tempo de luta e resistência, essa é a concretização de um sonho que começou com uma ocupação. Isso é o que nos dá ânimo para continuar lutando por melhores condições de vida e por um sociedade mais justa e igualitária", afirma a agricultora Maria d" Ajuda.
Já para Paulo César da direção estadual do MST, a conquista do lote é o primeiro passo para garantir a produção de alimentos saudáveis e melhores condições de vida.
O Movimento conquistou 30 mil dos 1000 milhões de hectares que hoje estão nas mãos das multinacionais de celulose na Bahia. Estamos em um território dominado pela monocultura de eucalipto. Isso se torna um grande obstáculo para realização do projeto de Reforma Agrária Popular, pois existe uma concentração grande de terra nas mãos do agronegócio. Existe muita terra improdutiva que precisa estar nas mãos de quem de fato pode torná-las fértil, diz.