O ex-motorista Robson Nascimento de Oliveira, preso na Rússia em 2019 com uma carga do medicamento Mytedon em sua mala quando viajava para trabalhar com o volante Fernando, desembargou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira, 5, e conversou rapidamente com os jornalistas. Vinte quilos mais magro, Robson falou que desconhecia a presença dos comprimidos em sua bagagem. “Eu não sabia que tinha medicamento na mala, então não sabia que era proibido”, disse. “[Quando descobri] A sensação foi de decepção e surpresa, são vários sentimentos ao mesmo tempo. Até porque é um lugar que eu não falo a língua e não pude me defender o suficiente para eles entenderem, eu também não entendia eles”, contou. Questionado se sentia raiva do jogador, que à época defendia o Spartak Moscou e hoje está no Beijing Guoan-China, Robson disse que "não responderia sobre Fernando".
Ele agradeceu à sua família, ao seu advogado Olímpio Soares por todo o apoio e falou sobre seus planos. “Vou tentar matar a saudade da minha família, conhecer meu neto que ainda não conheço e depois voltar à minha vida normal”. Perguntado sobre sua situação no país europeu, o ex-motorista afirmou que não houve momentos bons. “Se eu fosse condenado há 20/25 anos como estava previsto, acho que eu não voltaria para o Brasil vivo”, concluiu. Robson foi recebido no aeroporto pela mãe e pelo filho Robson Junior, pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus colegas do motoclube Prisioneiros da Liberdade, do qual é vice-presidente.