O presidente do Mirassol, Edson Antonio, concedeu entrevista ao programa “Camisa 10”, do Grupo Jovem Pan, na tarde desta terça-feira, 23, horas antes do time enfrentar o Corinthians, na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. De acordo com o mandatário, que também é prefeito da cidade paulista, afirmou que a realização da partida no Estado vizinho não o surpreendeu, já que a reunião com a Federação Paulista de Futebol (FPF) previa esta situação. “Já era previsível fazer os jogos em outras cidades da Federação. Foi feita a reunião entre os presidentes, presidente da FPF e ficou estabelecido que não teríamos as próximas três rodadas em São Paulo e, se pudesse jogar em outras cidades, as partidas aconteceriam. Eu não sabia que seria tão rápido, mas já era previsto”, contou Edson, que não viajou com a delegação do Mirassol – os jogadores e a comissão técnica foram de avião até a cidade do Rio de Janeiro, onde pegaram um ônibus rumo a Volta Redonda.
À Jovem Pan, Edson Antonio revelou que o Mirassol custeou a viagem para Volta Redonda, mas não tratou o assunto como uma situação delicada. No entendimento do presidente, o Paulistão precisa continuar. “É uma situação totalmente inusitada e nós temos que nos adaptar a esta realidade. Não é o campeonato dos sonhos, mas aquilo que não tem solução, que a gente solucione. Temos contratos a cumprir, comissão técnica, equipes Precisamos cumprir as nossas obrigações trabalhistas e, para isso, precisamos temos que os compromissos comerciais”, comentou.
Em reunião com os outros clubes do Paulistão e da FPF, o Mirassol se posicionou a favor de ir à Justiça para derrubar o decreto do governo de São Paulo, que suspendeu o campeonato durante a fase emergencial, válida até 30 de março. Segundo Edson, o posicionamento deu-se porque o Ministério Público (MP) não justificou a ligação entre a continuidade do futebol com o aumento de casos da Covid-19. “Eu tenho a informação que o nível de contaminação de Volta Redonda está menor que o de Mirassol. No ano passado, o futebol parou. A FPF fez um protocolo médico, apresentou às autoridades e esse protocolo está sendo aplicado ainda. Houve apenas uma recomendação do MP Estadual, enquanto o governo deixou nas mãos do Ministério Público. Agora, não foi dada uma explicação sobre o motivo de parar o Paulista agora”, finalizou.