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Cal Coveiro" morre vítima de infarto na Praça Dois de Julho

Por Sul Bahia News em 20/03/2021 às 20:07:09

Carlos Alberto Pereira de Melo, o "Cal Coveiro", morreu na noite desta sexta-feira, 19 de março, vítima de um infarto fulminante em Itamaraju. Cal estava nas imediações da Praça Dois de Julho, quando sofreu o infarto. O Samu chegou a ser acionado por pessoas que passavam pelo local, mas quando os socorristas chegaram, ele já estava sem vida.

A morte de "Cal Coveiro" deixou os itamarajuenses abalados. Bastante querido na cidade, ele trabalhou por décadas no cemitério Santos Cosme e Damião, onde exercia o seu ofício não apenas como um coveiro, mas também edificava túmulos a pedido das famílias.

Presente também em atividades esportivas, Cal chegou a participar de diversas corridas realizadas na cidade. Cal é irmão de outro itamarajuense bastante conhecido o capoeirista Manoel Roseno.

Homenagem:

Carlos Alberto Pereira de Melo, o "CAL COVEIRO".

Esse rosto, por décadas, acompanhou o último adeus dado pelos itamarajuenses aos seus entes queridos, no cemitérío Santos Cosme e Damião, onde exercia o seu ofício não apenas como um coveiro, mas também edificava belos túmulos a pedido das famílias, por ser um pedreiro de mão cheia.

Era uma figura já conhecida na cidade, onde muitos até brincavam alertando os amigos em situação de risco: "Tome cuidado não, viu! Cal está te esperando na cidade de pés juntos". Mas, por trás da figura folclórica do homem que se notabilizou como um querido coveiro na nossa cidade, havia também uma pessoa alegre, educada, trabalhadora, amiga, um bom pai de família, enfim um grande ser humano.

"Cal" é irmão de "Manoel Roseno", conhecido capoeirista itamarajuense. Até há pouco tempo, preocupado com a saúde, nos seus momentos de folga, ele dava exemplo de resistência física correndo pelas ruas da cidade, inclusive chegou a participar de algumas competições, a exemplo da Corrida do Soldado, em que não só corria como também incentivava os filhos a participarem.

Infelizmente, "Cal" veio a falecer no início desta noite, vítima de um infarto fulminante, surpreendendo familiares e amigos com essa partida inesperada. Agora é a cidade que se despede daquele que foi por muitos anos uma testemunha de várias despedidas e que sempre deixava às famílias uma palavra de conforto.

Parabéns por ter cumprido tão bem uma missão que não é para qualquer e através da qual passou a olhar para a morte com naturalidade. De modo que, ao assentar com segurança a última lajota que fechava o túmulo ou ao lançar a última pá com terra sobre aquele que partia, também convidava os que ficavam a aceitar a vida como ela é.

Siga em paz, grande "Cal", e leve consigo a gratidão dos itamarajuenses pelos bons serviços prestados. Deus conforte todos os seus familiares e amigos!