O ministério informou que as doses serão distribuídas proporcionalmente à população de estados, que farão a distribuição entre os municípios.
Na última quinta (7), o ministério e o Butantan assinaram um contrato de R$ 2,7 bilhões por 46 milhões de doses da CoronaVac a serem distribuídas entre janeiro e abril — 8,7 milhões devem ser enviadas até 31/01. O acordo prevê ainda a possibilidade do governo adquirir outras 54 milhões de doses, somando 100 milhões até o final do ano.
Além da CoronaVac, a Fiocruz também pediu o registro de uso emergencial da vacina AstraZeneca/Oxford nesta semana para mais 2 milhões de doses. Caso ambos sejam aprovados, o ministério teria à disposição até o fim do mês pelo menos 10,7 milhões de doses.
No plano de imunização apresentado pelo governo federal em dezembro, a quantidade inicial de doses estimadas na primeira fase da campanha nacional foi de 108 milhões, o que supera largamente essa aquisição inicial anunciada. Apesar de ter falado em distribuição simultânea e proporcional, o ministério não estabeleceu datas.
Resta saber também se a estratégia pode ou não interferir no plano estadual de vacinação de São Paulo, programado para o dia 25 de janeiro com a mesma CoronaVac. Em coletiva ontem, o coordenador-executivo do Centro de Contingência do estado, João Gabbardo, afirmou que a data pode ser adiantada em meio ao plano nacional. O UOL entrou em contato com o Butantan para detalhar a questão, mas até o momento não obteve resposta.
A pasta da Saúde informou que que nos próximos dias deve acontecer uma reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes de Conass (Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais) e Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) para detalhamento dos próximos passos da logística e calendário da campanha.
Participaram do encontro ontem, em São Paulo, os assessores especiais do Ministério da Saúde, Zoser Hardmann e Aírton Cascavel; a coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Francieli Fantinato; o superintendente de São Paulo do Ministério da Saúde, José Carlos Paludeto; além do presidente e da diretora do Instituto Butantan, Dimas Covas e Cíntia Retz, respectivamente. O coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT-Piauí) também participou do encontro por videoconferência.
Fonte: Banda B