A despedida do São Paulo da Copa Libertadores foi com goleada e a consequente classificação à segunda fase da Sul-Americana como consolação. Nesta terça-feira, 20, o clube derrotou o frágil Binacional, do Peru, por 5 a 1, pela rodada final do Grupo D, mesmo sem forçar o ritmo ou apresentar um futebol vistoso. O jogo ao menos pode ter servido para dar alguma confiança a reservas escalados por Fernando Diniz no São Paulo, pois três deles marcaram gols na vitória — Vitor Bueno, Pablo, duas vezes, e Arboleda –, com Brenner fazendo o outro. Além disso, o time completou o sexto jogo seguido sem derrota. O resultado deixou o São Paulo na terceira colocação da chave, com sete pontos, atrás de River Plate e LDU, que haviam se classificado antecipadamente às oitavas de final da Libertadores. Já o Binacional foi o lanterna da chave, com apenas três pontos, somados exatamente diante da equipe paulista, e com um saldo negativo de 22 gols. Na Sul-Americana, o São Paulo conhecerá o seu adversário na segunda fase em sorteio marcado para sexta-feira, se juntando aos brasileiros Bahia e Vasco, que avançaram na etapa inicial. O torneio também foi o último vencido pelo clube, em 2012.
Com a proximidade do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Fortaleza, domingo, 25, no Morumbi, Fernando Diniz optou por escalar um time misto. O treinador, que já não contava com Luciano, contundido, decidiu dar um descanso a Reinaldo, Diego Costa e Gabriel Sara no São Paulo. Assim, Arboleda ganhou sua primeira chance como titular em dois meses e Léo foi deslocado para a lateral esquerda. Já no setor ofensivo, Pablo e Vitor Bueno começaram jogando. E foi uma dessas novidades que tirou o clima de marasmo da partida: logo aos seis minutos, Vitor Bueno arriscou de longe, marcando um belo gol ao colocar a bola no ângulo da meta adversária.
O gol precoce indicou a facilidade que o São Paulo poderia ter na partida, tanto que quase todo o primeiro tempo foi um duelo de ataque contra defesa. E o time encontrava espaços, tendo perdido chances com Pablo, Tchê Tchê e Brenner. Mas como parecia desinteressado, trocando passes em ritmo lento, perdia chances de marcar mais vezes contra o adversário, que quase fez o seu antes mesmo da equipe da casa, com Zeta, após um vacilo de Daniel Alves, que teve mais uma atuação irregular.
Assim, o segundo gol do São Paulo foi sair apenas aos 34 minutos, após um incrível bombardeio, com chutes de Vitor Bueno, duas vezes, e Igor Gomes. E a bola só foi entrar na tentativa de Brenner, marcando pela nona vez nesta temporada. A partir daí, o time diminuiu ainda mais o ritmo. E dando muito espaço permitiu a Deza, sem receber combate de Tchê Tchê, cortar para dentro e chutar colocado, fazendo 2 a 1 aos 39 e recolocando a sua equipe na partida. Mas o São Paulo não precisava forçar o ritmo, tanto que marcou mais duas vezes no começo da etapa final. Primeiro com Pablo, com um belo voleio, aproveitando a liberdade dada pelos marcadores, encerrando um jejum de 11 jogos sem marcar, aos 5 minutos. E depois com Arboleda, completando finalização de Pablo que acertara a trave, aos 8. Dois gols que podem dar confiança a jogadores que perderam espaço com Diniz.
Diniz, então, aproveitou para dar descanso a mais titulares, como Igor Gomes, Brenner e Daniel Alves. E o São Paulo ainda teve chances para ampliar o placar, as melhores com Brenner e Luan, que parou na trave. E quem marcou, de novo, foi Pablo, aos 39. Ele recebeu passe de Toró, girou sobre o marcador e bateu para fazer 5 a 1, chegando aos nove gols na temporada, se igualando a Brenner na artilharia do time em 2020.
* Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: JP