Mais cedo, a OMS informou que suspenderá os estudos com a hidroxicloroquina e reavaliar sua segurança antes de retomá-los.
Nos últimos dois meses, a organização vinha coordenando em 18 países o estudo internacional Solidarity para avaliar a segurança e a eficácia de diferentes drogas no combate ao coronavírus: além de hidroxicloroquina, estão sendo testados cloroquina, remdesivir, lopinavir com ritonavir e esses dois medicamentos associados com interferon beta-1a.
Na última sexta, porém, a revista científica inglesa The Lancet publicou pesquisa feita com dados de 96 mil pessoas internadas com Covid-19 em 671 hospitais de seis continentes que aponta que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos.
Pinheiro disse que o ministério acompanha outros estudos em andamento. Segundo ela, os resultados citados pela OMS não são suficientes para que o ministério reveja sua posição.
"Não se trata de ensaio clínico, é um banco de dados coletado de vários países. Isso não entra como critério de estudo metodologicamente aceitável para servir como referência a nenhum país do mundo."
O estudo citado pela OMS, no entanto, é considerado o mais completo já publicado sobre o uso da cloroquina no tratamento de coronavírus.
Banda B