Na última terça-feira (03), a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma importante resolução que estabelece a realização de uma conferência internacional com o intuito de discutir a criação de um Estado palestino. O evento está agendado para junho de 2025, na cidade de Nova York. A proposta recebeu 157 votos favoráveis, incluindo o apoio do Brasil, enquanto 8 países votaram contra e 7 optaram pela abstenção.
A resolução tem como principal meta reafirmar o desejo de uma “paz abrangente, justa e duradoura no Oriente Médio”. Além disso, ela reitera o apoio à solução de dois Estados, um para os judeus e outro para os palestinos, que devem coexistir em paz e segurança dentro de fronteiras reconhecidas. O Brasil, por sua vez, tem uma longa tradição de defesa dessa abordagem.
Outro ponto relevante da resolução é o apoio a um cessar-fogo abrangente nas regiões de Gaza e Líbano. Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o número de mortos ultrapassou 44 mil, e a maioria da população local foi forçada a deixar suas casas. O conflito teve início com um ataque do Hamas em solo israelense.
Israel tem enfrentado intensas críticas em relação à proporcionalidade de suas ações durante a guerra. No último domingo, o ex-ministro da Defesa de Israel, Moshe Ya’alon, denunciou que o país estaria cometendo crimes de guerra e promovendo limpeza étnica em Gaza. A Corte Internacional de Justiça já determinou que Israel deve adotar medidas para prevenir atos de genocídio.
Além disso, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro Netanyahu e seu ex-chefe de defesa, acusando-os de supostos crimes de guerra. A situação na região continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, que busca soluções para o prolongado conflito.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira