O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou o afastamento de policiais civis mencionados por Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos. Gritzbach, que havia feito uma delação premiada, prometeu expor esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e denunciou casos de corrupção dentro da polícia. Derrite revelou que alguns agentes da Polícia Civil estariam manipulando investigações para proteger membros do PCC em troca de pagamentos ilícitos. Os nomes dos policiais envolvidos ainda não foram divulgados. A delação de Gritzbach, que foi homologada em abril, contém depoimentos gravados, gravações de áudio, cópias de mensagens e documentos que estão sob a responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, anunciou que as declarações de Gritzbach serão analisadas em três inquéritos que estão sendo conduzidos pela Corregedoria. O empresário havia prestado um novo depoimento aos corregedores apenas oito dias antes de sua morte. De acordo com informações do programa Fantástico, Gritzbach relatou que, durante sua prisão em 2022, policiais retiraram R$ 20 mil e uma caixa com relógios de sua residência, devolvendo-a com cinco relógios a menos.Além disso, Gritzbach identificou um dos relógios em fotos de um dos policiais, que foram posteriormente apagadas após a denúncia.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA