O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reuniram nesta quarta-feira, 21., e, entre outros assuntos, discutiram iniciativas de paz na Faixa de Gaza e as eleições na Venezuela, conforme informado pela embaixada norte-americana. O encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto e durou cerca de duas horas, contou com a presença de representantes de ambos os governos. Durante a reunião, houve discordância em relação aos comentários feitos por Lula sobre a situação em Gaza. No último domingo, 20, durante visita à Etiópia, Lula comparou a ação de Israel no enclave palestino ao Holocausto, o massacre de 6 milhões de judeus pelo exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial. “O secretário teve a chance de discutir os comentários com o presidente Lula, no contexto de uma discussão geral sobre o conflito em Gaza, e foi claro que esses são comentários dos quais discordamos”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado americano.
Após a reunião, a embaixada dos Estados Unidos divulgou um relatório destacando os principais pontos discutidos, enfatizando o compromisso dos EUA com a resolução do conflito em Gaza, incluindo esforços para garantir a libertação de reféns, aumentar a assistência humanitária e proteger os civis palestinos. Embora tenha sido a única menção feita sobre o conflito em Gaza, o encontro entre Blinken e Lula ocorreu em meio à polêmica gerada pelos comentários do presidente brasileiro durante a viagem à Etiópia.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsAppBlinken elogiou a postura do Brasil na crise entre Venezuela e Guiana, destacando os esforços de mediação do governo brasileiro para evitar uma escalada nas tensões decorrentes de um plebiscito realizado pelo governo venezuelano para anexar a região de Essequibo, que pertence à Guiana. Apesar do plebiscito ter aprovado a inclusão de Essequibo como território venezuelano, a região continua sob posse da Guiana. Blinken também mencionou as eleições na Venezuela, programadas para este ano, e reforçou a posição dos EUA de que o regime de Maduro deve retornar ao acordo do roteiro eleitoral de Barbados para garantir eleições presidenciais competitivas em 2024, conforme comprometimento anteriormente assumido.