O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo, 18, que não há prazo para encerrar as buscas dos dois fugitivos do presídio de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e que o trabalho é complexo, por se tratar de um terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas. Durante coletiva de imprensa na cidade, o ministro apontou que acredita que os criminosos podem estar próximos ao local da fuga. "Acreditamos que eles ainda se encontram neste raio, nesse perímetro que inicialmente definimos, ou seja, há poucos quilômetros do local da fuga, da penitenciária", afirmou.
Lewandowski afirmou que há uma mobilização em conjunto da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças estaduais para sanar as fragilidades dos presídios e encontrar os foragidos. Durante o balanço, o chefe da pasta informou que há cerca de 500 policiais mobilizados na operação e que as cinco unidades de penitenciárias federais que o país possui estão recebendo uma revisão geral das medidas de segurança. "Nós temos cerca de 250 policiais das diferentes forças em cada um dos turnos, no turno diurno e turno noturno, temos quase 500 policiais trabalhando na recaptura desses dois fugitivos. Portanto, nós estamos enviando todos os esforços, identificando as fragilidades não apenas aqui no presídio de Mossoró, mas já foi iniciado uma varredura de possíveis fragilidades, que, penso eu inexistem, nos demais presídios", explicou.
Em relação a possíveis conivências por parte de agentes públicos, o ministro disse que não é possível chegar a nenhuma conclusão antes do fim das investigações. "Tenho que afirmar que em nosso regime democrático vigora a presunção de inocência. Portanto, enquanto as investigações não terminarem, seja a investigação no âmbito administrativo, seja a do âmbito policial, não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja, mas claro que todas as hipóteses estão sendo investigadas e virão a público no momento apropriado", finalizou.