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Lula discursa em cúpula na África e diz que guerra no Oriente Médio só acaba com criação de Estado palestino

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu na manhã deste sábado, 17, que a solução para acabar com a guerra na Faixa de Gaza dependerá da criação de um Estado palestino reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).


Foto: Reprodução internet

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu na manhã deste sábado, 17, que a solução para acabar com a guerra na Faixa de Gaza dependerá da criação de um Estado palestino reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). “A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado Palestino livre e soberano. Um Estado Palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas. De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo", iniciou o petista, que criticou os ataques contra civis realizados no Oriente Médio. "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza", disse Lula. O discurso foi feito durante a sessão de abertura da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.

Durante o pronunciamento, o chefe do Planalto falou sobre a Aliança Global contra a Fome, tema prioritário para o Brasil no G20, que visa impulsionar um conjunto de recursos para financiar políticas públicas e reafirmou a parceria do país com o continente africano em diversas frentes."A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge.

Lula pediu por mais representatividade da África e da America Latina e criticou a extrema direita, que segundo ele, só oferece o desenvolvimento para uma parcela de privilegiados. "Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio de poucos. Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego.", finalizou.

Acompanham o presidente na ida ao continente os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União), e do assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial, Audo Faleiro.

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