Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, declarou em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 15, que a fuga de dois prisioneiros da penitenciária federal em Mossoró (RN) não foi “arquitetada” com muito dinheiro, mas influenciada por “uma série de coincidências negativas que infelizmente facilitaram a fuga”. O chefe da Pasta detalhou aos presentes a estratégia utilizada pelos fugitivos para sair da penitenciária. “Um fator que contribuiu para isso é porque o presídio estava passando por uma reforma interna, várias instalações estavam sendo reformadas, então havia operários dentro da unidade, ferramentas. (…) Infelizmente, a informação que nós temos é que [as ferramentas] não estavam devidamente trancadas, possivelmente estavam espalhadas pelo presídio. Houve uma fuga pela luminária da cela (…) ela estava protegida e fechada por um simples trabalho de alvenaria”.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsAppO chefe da Pasta afirma que, neste primeiro momento, eles não imaginam que tenha sido algo orquestrado com “muito custo, com veículos aguardando os fugitivos. Foi uma fuga que custou muito barato. (…) A fuga desses dois detentos, desses dois criminosos, embora preocupante, não afeta a segurança dos presídios federais. Foi um episódio fortuito, localizado, e vai ser corrigido. Estamos envidando todos os esforços e acreditamos que eles serão recapturados em um período muito breve”.
De acordo com o ministro, quando eles conseguiram sair pela luminária, eles entraram em um local onde se faz a manutenção do presídio. De lá, conseguiram alcançar o teto do sistema prisional, que também não estava protegido por laje ou grade. “Eles se depararam com um tapume de metal que estava protegendo o local da reforma, fizeram uma brecha e depois com alicate cortaram as grades que os separavam do mundo exterior”, disse. As investigações apontam que houve a utilização das ferramentas que estavam sendo empregadas para a reforma das instalações. Outro problema encontrado no presídio foi o não funcionamento adequado das câmeras, bem como luzes e lâmpadas. “De quem é essa responsabilidade? Isto será objeto das investigações dos dois planos: administrativo e criminal. Então é um conjunto de circunstâncias que favoreceu a fuga desses dois detentos”.