Mappim

PF encontra documento com argumento para estado de sítio na sala de Bolsonaro no PL em Brasília

A Polícia Federal encontrou, nesta quinta-feira, 8, na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, na sala do ex-presidente de Jair Bolsonaro, uma minuta de golpe.

Por Redação em 08/02/2024 às 19:27:47

Foto: Reprodução internet

A Polícia Federal encontrou, nesta quinta-feira, 8, na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, na sala do ex-presidente de Jair Bolsonaro, uma minuta de golpe. No documento, continha supostas razões para decretar “estado de sítio” no país. Nas redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, se manifestou sobre o assunto. “Tal documento apócrifo em tese é encontrado na sede do partido. Padrão do documento não condiz com as tradicionais e reconhecidas falas e frases do Presidente. Tal conteúdo escrito depende mandatóriamente de ação conjunta de outros poderes. Não tem limite a vontade de tentar trazer o Presidente Jair Bolsonaro para um cenário político que ele jamais concordou”, escreveu. Em 2023, uma minuta de golpe, com orientações para mudar o resultado da eleição, foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres. O documento tinha como objetivo decretar estados de defesa no prédio do TSE.

Nesta quinta-feira, 8, como mostrou a Jovem Pan, a PF realizou a Operação Tempus Veritatis, que resultou na prisão de dois aliados do ex-presidente Bolsonaro. A operação visa desmantelar uma organização criminosa que teria agido para manter Bolsonaro no poder através de um golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito. Em um relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a PF revelou que Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto para executar um golpe de Estado, envolvendo a prisão de autoridades. A primeira versão do documento incluia os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmas Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e determinava a realização de novas eleições. Segundo a investigação, a minuta detalhava supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e foi entregue pelos assessores Filipe Martins e Amauri Feres Saad.