Desde a noite de domingo Minas Gerais vive uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos e viaturas policiais em diversas cidades do Estado. O balanço parcial divulgado por agências nesta quinta-feira dava conta de mais de 100 atentados - nenhum com vítimas. Cerca de 60 coletivos foram incendiados, e tiros foram disparados contra a fachada de delegacias e bases da polícia em ao menos 18 municípios - Belo Horizonte não foi alvo até o momento.
O governador Fernando Pimentel (PT) afirmou na terça-feira que os ataques são obra de facções criminosas que tentam retaliar contra a instalação de bloqueadores de telefone celular instalados em presídios da região. "Nós não afrouxamos o sistema carcerário para nenhuma organização criminosa, e por isso estamos pagando este preço", afirmou.
Mais de 50 pessoas foram detidas pelas autoridades por suposto envolvimento com os atentados, que tem a marca da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, que já realizou duas grandes ondas de ataques em São Paulo em 2002 e 2006. Segundo o portal Ponte Jornalismo, um bilhete encontrado em um dos ônibus queimados em Minas apontam para o grupo paulista.
Ataques semelhantes também foram registrados no Rio Grande do Norte, em Natal e no interior do Estado. As autoridades afirmaram que ainda não é possível estabelecer uma relação entre o caso potiguar e o mineiro.
El País