O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instituiu a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) com a finalidade de "orientar a atividade de segurança cibernética no país". A proposta é do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e foi publicada nesta quarta-feira, 27, por decreto no Diário Oficial da União (DOU). A medida foi tomada após ameaças feitas ciberneticamente à Lula, envolvendo um rifle de precisão para atacar o chefe do Planalto. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, pediu para a Polícia Federal investigar. "Estou encaminhando hoje à Polícia Federal determinação para que apure ameaça feita ao presidente Lula nas redes sociais fazendo alusão a 'rifle de precisão' e 'vaquinha para tal'. As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades" disse Capelli.
Em nota, o GSI destacou a importância da política adotada, "contempla um conjunto de necessidades apontadas por diferentes instituições e especialistas em cibersegurança para melhorar a governança nacional sobre a temática, adequando o que há de mais moderno no mundo ao arcabouço e à cultura institucional do País. A política é da maior urgência e relevância, posto que o Brasil é um dos países mais atacados em ambientes virtuais". O texto institui também o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), grupo composto por representantes do governo, da sociedade civil, de instituições científicas e de entidades do setor empresarial, que se reunirão trimestralmente para propor atualizações para PNCiber e para os seus instrumentos: a Estratégia Nacional de Cibersegurança (e-Ciber) e o Plano Nacional de Cibersegurança (p-Ciber). Recentemente a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, teve a sua conta no X (antigo Twitter), invadida por hackers, que utilizaram a oportunidade para publicar ameaças e conteúdos misóginos, a investigação está em curso.