O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça-feira, 26, que a pasta vai monitorar “qualquer ato que ameace os Poderes”. A afirmação, feita a jornalistas em Brasília, ocorre após uma reunião entre chefes das seguranças do Executivo, Legislativo e Judiciário a respeito do planejamento de ato no próximo 8 de Janeiro, data que completa um ano das invasões e depredações aos prédios do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal). “A gente tem monitorado ameaças e ataques às instituições democráticas, mas até o momento não há nada que preocupe. Acontecerão reuniões técnicas daqui até o dia 4 [de janeiro]. No dia 4, às 10h da manhã nós voltamos a ter o CIOB [Centro Integrado de Operações de Brasília] para fechar o planejamento e assinar o Plano de Ações Integradas, que vai definir exatamente qual a responsabilidade de cada um para a segurança do ato do dia 8”, disse Cappelli. Segundo ele, até o momento, não há previsão de fechamento da Esplanada dos Ministérios, e a avenida Presidente José Sarney deve ser bloqueada para a realização do ato.
“A Polícia Rodoviária Federal está também de prontidão, em sintonia com a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], e vai, daqui ao dia 8, monitorar qualquer movimentação atípica relacionada a atos que ameacem os Poderes. Volto a dizer que o Brasil é um país livre e democrático, as manifestações são sempre bem vindas e próprias da democracia. O que nós vamos monitorar são iniciativas que atentem contra os poderes constituídos”, continuou. Segundo o secretário-executivo, a reunião desta terça contou com representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Natural, Secretaria Nacional de Segurança Pública, segurança da sede Três Poderes e do Gabinete de Segurança Institucional na construção de um plano integrado de ações de segurança para o ato.
Capelli adiantou que o evento deve ocorrer no Salão Negro do Senado, às 15 horas, e contará com a presença dos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário, deputados, senadores, ministros, presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados, os presidentes das Assembleias Legislativas, os governadores de Estados e representantes da sociedade civil. “Será momento de festa e celebração democrática, celebrar a democracia revigorada após os atos inaceitáveis do dia 8 de janeiro de 2023”, finalizou o secretário-executivo do Ministério da Justiça.