Presidente do STF discursou no Congresso na sessão de abertura do ano legislativo. Ele disse que agentes públicos devem ser otimistas e pregou respeito à divisão entre Poderes O presidente do STF, Dias Toffoli, durante discurso na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso
Will Shutter / Câmara dos Deputados
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse nesta segunda-feira (3), em discurso no Congresso, na sessão de abertura do ano legislativo, que o país "avança" e superou problemas do passado.
Além de Toffoli, discursaram na sessão os presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e foi lida a mensagem enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro.
Para o ministro, o Brasil é o "país do otimismo". Ele destacou o papel dos três poderes na resolução de "problemas" do passado.
"Feliz da nação cujos problemas que vai enfrentar em 2020 não são os problemas de 1985 nem os de 1988. Não são os problemas de 1997, não são os problemas de 2002 e 2003", completou.
O presidente do Supremo relacionou no discurso questões superadas ao longo dos anos para concluir que o país "avança".
"Nós tínhamos o problema das eleições diretas, um problema da redemocratização, de um Judiciário a que nem todos tinham acesso. Nós não tínhamos uma moeda estável, tínhamos que enfrentar a inflação, tínhamos o problema da dívida externa que parecia que nunca seria possível pagá-la. Tínhamos o problema da assistência social e do combate à miséria e o problema de dar saúde e educação universal, problema das proteções da minorias e de defesa dos direitos e garantias fundamentais", afirmou.
"Os nossos problemas não são os mesmos do passado. É com muita honra que faço esse pronunciamento em nome do Poder Judiciário para dizer a vossas excelências, integrantes do Congresso Nacional, que nós temos um país que avança", disse Toffoli.
Toffoli destacou no discurso no respeito à divisão entre os poderes. Ressaltou que não se pode perder de vista a divisão de competências do poder público.
"O Legislativo cuida do futuro, o Executivo do presente e o Judiciário cuida dos conflitos que resultaram do passado já vivido", declarou.
Toffoli destacou ainda produção do Poder Judiciário. Segundo relatório Justiça em Números, citado pelo presidente do STF, foram proferidas em 2018 pelo Poder Judiciário 32 milhões de decisões terminativas.