O ministro da Justiça, Flávio Dino, e o procurador-geral eleitoral interino, Paulo Gustavo Gonet Branco, foram sabatinados nesta quarta-feira, 13, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Eles foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para, respectivamente, uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o cargo máximo da Procuradoria-Geral da República (PGR). O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, acatou o pedido de parlamentares para que cada senador fosse respondido individualmente, bem como na réplica e na tréplica, sem manifestações em bloco. Durante sua apresentação, Dino enfatizou que outros políticos do STF exerceram cargos políticos antes de assumirem uma posição na Corte e, portanto, ele está confortável para ocupar a vaga para a qual foi indicado. Sobre uma possível imparcialidade enquanto ministro do STF, o senador prometeu vestir apenas a cor da toga, acrescentando que não terá “nenhum medo de receber políticos”. Ao ser perguntado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) sobre julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF, Dino se esquivou e não respondeu o parlamentar. Marinho enfatizou que falta “cordialidade” ao ministro e que esta não é a postura que um magistrado do STF deve portar, afirmando que Dino demonstra “deboche” em suas respostas. Senadores também miraram o indicado de Lula para questionar sobre uma possível omissão nos atos do 8 de Janeiro e no não fornecimento de imagens internas no dia da invasão. O ministro respondeu apenas uma vez, afirmando que forneceu todo recurso necessário à CPI do 8 de Janeiro, mas se esquivou de responder demais questionamentos. Os ministros Renan Filho, da pasta dos Transportes, e Carlos Fávaro, responsável pela Agricultura, retomaram seus mandatos como senadores para auxiliar na sabatina de Dino.