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Crise na fronteira com Guiana e Venezuela reacende debate sobre ampliação de recursos para as Forças Armadas

Mesmo que a possibilidade do Brasil se envolver no conflito entre Venezuela e Guiana na disputa pelo território de Essequibo seja remota, atores políticos e militares consideram que o momento requer cautela e têm retomado as reivindicações por maior financiamento para as Forças Armadas.

Por Redação em 12/12/2023 às 15:30:04

Foto: Reprodução internet

Mesmo que a possibilidade do Brasil se envolver no conflito entre Venezuela e Guiana na disputa pelo território de Essequibo seja remota, atores políticos e militares consideram que o momento requer cautela e têm retomado as reivindicações por maior financiamento para as Forças Armadas. Em entrevista à Jovem Pan News, o oficial da reserva Robson Farinazo, fez um retrospecto e destacou que a gestão da presidente Dilma Rousseff foi a que mais investiu nos militares: “Nós dependemos completamente da indústria de defesa no exterior. Se um país no dia de amanhã se negar a vender insumos ou material de reparo e reposição para os itens que temos no Brasil, a gente está em uma situação difícil. A gente importa carros de combate e uma série de outros itens que não são apropriados para um país com as dimensões e riquezas do Brasil”. Neste ano, o senador Carlos Portinho (PL) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê um aumento do repasse anual às Forças Armadas para até 2% do PIB (Produto Interno Bruto). Atualmente, este valor é de cerca de 1,3%.

O parlamentar argumenta que o valor estipulado pela chamada PEC das Forças Armadas é o recomendado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que esta deve ser uma política mantida em outros governos. “O que a gente pretende é que haja uma progressão do aumento de investimentos, até que ele chegue, no próximo governo, transpassando esse e alcançando o próximo, no percentual de 2%. Isso garante uma previsibilidade. O Brasil tem que pagar pelo caças Gripen que ele comprou e estão atrasados”, afirmou Portinho. A matéria tem certo consenso entre parlamentares governistas e de oposição. Além disso, a proposta é bem vista pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelo líder do PT no Senado, Jaques Wagner. O texto, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça, deve ter relatoria do senador Renan Calheiros (MDB).

*Com informações da repórter Camila Yunes