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Abel Ferreira perde processo e terá de indenizar o jornalista Mauro Cezar em R$ 10 mil

A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização por danos morais feito pelo treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, contra o jornalista da Jovem Pan, Mauro Cezar Pereira.

Por Redação em 27/11/2023 às 19:12:51

Foto: Reprodução internet

A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização por danos morais feito pelo treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, contra o jornalista da Jovem Pan, Mauro Cezar Pereira. O técnico português processou o jornalista em decorrência de uma fala feita por este, em julho de 2022, na qual ele argumentou que Abel possuía um “papo de colonizador”, uma referência à descendência portuguesa do treinador. O comandante palmeirense havia afirmado em entrevista que os jogadores do Brasil precisavam “evoluir”. “De longe, são os melhores com os quais eu já joguei, mas, mentalmente, têm muito que evoluir, a nível de educação, a nível de formação enquanto homens. Eles não têm essa formação”, disse o profissional lusitano.

Em defesa aos atletas brasileiros, Mauro Cezar disse que não gosta “quando os portugueses vêm para cá com esse papo furado” e que o treinador “fala em tom professoral, como se estivesse ensinando para nós brasileiros como a gente deve se comportar”. Na ação, Abel pediu uma indenização por danos morais de R$ 50 mil. O português, no entanto, terá de pagar R$ 10 mil em honorários aos advogados de Mauro e da Jovem Pan (R$ 5 mil para cada parte), mas ainda pode recorrer da decisão. Em decisão, a juíza Renata Martins de Carvalho julgou o processo inicial improcedente e afirmou que “entre as finalidades da liberdade de imprensa está a crítica, sem excesso, como no caso dos autos. O corréu Mauro Cezar não falseou dados para manipular a opinião pública […] ou para atingir a honra e a imagem do requerente”.

A assessoria do treinador afirmou que ele irá recorrer da decisão da Justiça. A defesa do jornalista afirma que “a Justiça foi feita” e que não houve ofensas contra o treinador do Verdão. “Podemos dizer que a Justiça foi feita. Que não houve qualquer ofensa ao treinador do Palmeiras. O jornalista apenas exerceu o seu direito de emitir sua opinião, dentro dos limites da Lei”, disse o advogado João Henrique Chiminazzo.