A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirmou que as autoridades do Rio de Janeiro aprovaram torcida mista para o jogo entre Brasil e Argentina, disputado na noite desta terça-feira, 21, no Maracanã. Antes da bola rolar, uma confusão entre torcedores brasileiros e argentinos no setor sul do estádio, durante as execuções dos hinos nacionais, fez com que a PM (Polícia Militar) agisse. Contudo, a maneira que ação foi realizada foi bastante criticada. A CBF afirma saiu em defesa da realização dos jogos com torcida mista. “É importante esclarecer que a organização e o planejamento da partida foram realizados de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”, diz trecho do comunicado. “A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela Fifa e Conmebol, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições. Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF”, argumentou. Ainda segundo a CBF, os “planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes”. Sendo assim, não houve separação entre os torcedores dentro do estádio. “Ou seja, todo o plano de ação e de segurança foi elaborado e dimensionado já considerando a classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ”, afirma. Por fim, a entidade disse que cumpriu “rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foi aprovado pela Polícia Militar RJ e demais autoridades”. A reportagem procurou a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O espaço será atualizado caso haja uma manifestação.