Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador Telmário Mota, se entregou à Polícia Civil de Roraima na última quarta-feira, 8. Conhecido como “Ney Mentira”, ele é investigado por supostamente ter organizado a morte de Antônia Araújo de Sousa em setembro deste ano. Conforme mostrou o site da Jovem Pan, ela é ex-mulher de Telmário e mãe de uma filha de 17 anos do ex-parlamentar. Ele foi preso no dia 30 de outubro na cidade de Nerópolis, em Goiás, acusado de ter mandado matar a mãe de sua própria filha. Em 2022, a menor havia acusado Telmário por estupro. Em interrogatório à Delegacia Geral de Homícidios, Ney Mentira negou ter tido participação no crime. Após interrogatório de três horas, o investigado foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para um exame de corpo de delito “Eu estava no mato intocado. Não tinha advogado e o meu pai foi quem disse que me ajudaria, porque eu não devo nada neste crime”, disse. O acusado também afirmou que “estava com medo” e por isso estava foragido: “Estava com medo, um monte de acusação contra mim, de que planejei o crime. Não devo nada disso, já fiz coisas erradas, mas já paguei na justiça. Não passei arma para a Cleidiane nem tive contato com o ex-senador”. Cleidiane Gomes da Costa é ex-assessora de Telmário Mota e também é acusada de ter monitorado a vítima dias antes do crime. O delegado João Evangelista afirmou que há vários elementos que apontam as circunstâncias do crime, mas que a delegacia está em uma fase de aprofundamento da investigação. “As pessoas relacionadas ao crime nesse momento, com as informações que já temos no inquérito, apontam serem pessoas ligadas ao ex-senador, onde a logística necessária para o crime foi desencadeada por eles”, finalizou.