Faz 16 anos que o poderoso Boca Juniors não conquista a Copa Libertadores da América, competição da qual é o segundo maior vencedor — tem seis títulos, um a menos que o conterrâneo Independiente. A última vez dos xeneizes foi na edição de 2007, no desativado estádio Olímpico, em um show de Riquelme contra o Grêmio. Terror dos times brasileiros, o Boca também já derrotou Cruzeiro, Palmeiras e Santos em finais e leva ampla vantagem contra os vizinhos em mata-matas. Neste domingo, às 16h, enfrentará um velho conhecido, mas em um estádio onde nunca conseguiu grandes conquistas.
Quando despachou o Fluminense em 2012, nas quartas de final, com histórico gol de Santiago “El Tanque” Silva no finzinho, o palco do confronto era o Engenhão. A grande chance de o gigante argentino ter feito do Maracanã mais uma área de lazer no Brasil foi em 1963, quando disputou o primeiro duelo da final no mítico estádio carioca. O adversário, porém, era o Santos de Pelé, que ficou com o caneco após vitórias por 3 a 2 no Rio de Janeiro e por 2 a 1 na Bombonera.
Aquela era apenas a segunda edição da Libertadores. O Boca só conseguiu dar a volta olímpica em 1977, contra o Cruzeiro, na primeira de muitas vitórias contra brasileiros em mata-matas. Mas foi só do ano 2000 para frente que a camisa azul e amarela virou sinônimo de pesadelo para os times daqui. Naquela temporada, o esquadrão comandado por Riquelme, hoje vice-presidente do clube, ganhou do Palmeiras em pleno Morumbi. No ano seguinte, voltou a eliminar o Verdão, mas nas semifinais. Os argentinos, aliás, venceram os quatro duelos eliminatórios contra os alviverdes na “Liberta”.
Em 2003, o Cícero Pompeu de Toledo novamente foi pintado de azul e ouro. Já sem Riquelme, a equipe argentina foi comandada por um jovem Carlitos Tevez diante do Santos de Robinho e Diego. Com duas vitórias maiúsculas (2 a 0 em Buenos Aires e 3 a 1 em São Paulo), o Boca Juniors virava de vez o bicho-papão dos brasileiros. Mesmo quando os times não estão à altura de sua história, a camisa pesa. Foi o que aconteceu, por exemplo, contra o Palmeiras, nas semifinais deste ano. É isso que a apaixonada torcida xeneize espera que ocorra hoje.