O ex-presidente Jair Bolsonaro marcou presença neste sábado em um evento do PL Mulher em Belém, no Pará. Com uma bandeira de Israel em mãos, o antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência deu diversas opiniões sobre a guerra no Oriente Médio, colocou-se ao lado do Estado hebreu, fez uma oração pelos israelenses e declarou que o PT “sempre esteve do lado de ditadores”. Além disso, Bolsonaro disse que o Brasil precisa estar “preparado para tudo”, dando a entender que teme um atentado por aqui, mas sem entrar muito em detalhes. “Nós temos que ser precavidos. Muitas vezes, a gente acha que o que acontece na casa do vizinho não pode acontecer na nossa casa. O que acontece em um país distante não vai acontecer no nosso país. Nós temos que nos preparar para tudo”, declarou. Presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro também discursou e por vezes segurou a bandeira israelense.
Sobre o partido com o qual antagoniza, Bolsonaro lembrou as alianças petistas com os ditadores Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua. “O PT sempre esteve ao lado de ditadores, como o Maduro, o Ortega. Nós temos que estar ao lado de bons países, como eu sempre estive. Entre eles, Israel”, destacou. Em outro momento, disse que “a facção de Lula defende terroristas” e que o partido de esquerda e o Hamas são “irmãos de alma”. Em nota divulgada nesta semana, o PT declarou que mantém relação com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), mas não com o Hamas. A legenda ainda chamou de “inaceitáveis” os ataques de 7 de Outubro, mas chamou de “genocídio” os bombardeios de Israel em Gaza.
Já Lula e Itamaraty realizam esforços para se adequarem ao que pensa a comunidade internacionais. Nesta semana, o presidente declarou textualmente que considera terrorismo o que o Hamas fez em Israel, citando nominalmente o nome do grupo fundamentalista islâmico que atua no território palestino. Na primeira nota sobre o caso, o líder petista já havia classificado os atos como terroristas, mas o fato de ter mencionado o nome do grupo lhe gerou uma série de críticas.