Pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o ataque do grupo extremista Hamas a Israel como um ataque terrorista. Em participação em evento sobre os 20 anos do Bolsa Família, ele considerou a ofensiva do grupo como uma ação ‘insana’. “Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Que não pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e os matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças”, declarou.
Lula vinha sido cobrado internacionalmente de reconhecer o grupo como terrorista, mas preferiu adotar uma postura mais neutra e em defesa da paz. Ele também prestou solidariedade às crianças que morreram nos confrontos entre Israel e Palestina. "Não é possível tanta irracionalidade. Não é possível tanta insanidade. Que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, são pessoas idosas, são crianças que não estão tendo sequer o direito de viver. Acho que nós precisamos propor algo em nome da vida das nossas crianças. A gente precisa propor paz, a racionalidade de que o amor possa vencer o ódio, de que a gente não resolve o problema com bala, a gente não resolve um problema com foguete, a gente resolve o problema é com carinho, afeto, dedicação e solidariedade", afirmou .