Depois de quase um mês da eliminação precoce da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina, a CBF anunciou nesta quarta-feira, 30, a demissão da treinadora sueca Pia Sundhage e sua comissão técnica. O desligamento já era esperado após uma série de demissões no departamento de futebol feminino nos últimos dias. Pia assumiu a seleção em julho de 2019 e tinha contrato até agosto de 2024. “Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica. Pia trouxe também, nesse período, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. A nova comissão técnica será anunciada nos próximos dias. O Brasil disputa os Jogos Olímpicos de Paris em julho do ano que vem e em janeiro tem a Copa Ouro.
Durante seu ciclo à frente da seleção brasileira, Pia foi campeã da Copa América de 2022 e evoluiu a organização tática da equipe. Apesar do resultado ruim no Mundial da Austrália e Nova Zelândia (17º lugar geral, o pior desempenho em todos os mundiais adultos), conseguiu resultados expressivos antes com vitória contra a Alemanha e empate com a Inglaterra na Finalíssima. Segundo a mídia norte-americana, a treinadora de 63 anos está no radar da seleção dos EUA após a demissão de Vatko Andonovski. Ela já trabalhou como técnica das tetracampeãs mundiais e foi bicampeã olímpica, além de conquistar um vice na Copa de 2011. Os nomes de Arthur Elias, treinador do Corinthians, e Rosana Augusto, técnica do RB Bragantino, circulam entre os favoritos para suceder Pia.