Julio Cesar Falconi, técnico do Boca Juniors durante 2011 e 2012, revelou alguns casos ocorridos no time argentino na véspera da decisão da Copa Libertadores de 2012, perdida para o Corinthians, no Pacaembu. De acordo com o treinador, parte do elenco ameaçou se recusar a viajar para São Paulo por causa da ausência do zagueiro Facundo Roncaglia entre os relacionados. “Era meia-noite ou 1 da manhã e eles não estavam querendo viajar. Bateram na porta do meu quarto para avisar que não viajariam por causa da situação do Roncaglia, que ele não poderia jogar a final e o clube não queria deixá-lo viajar. Os jogadores, em solidariedade a ele, assumiram essa postura”, declarou em entrevista à emissora “TyC Sports”, nesta quarta-feira, 22. Segundo o comandante, o defensor não participou da derrota por 2 a 0 para Timão por uma questão contratual. “Tinha falado com ele durante a semana e ele me garantiu que estava indo jogar. Então as coisas aconteceram e algo diferente aconteceu. Não posso interferir na carreira de um jogador”, contou.
Além da situação envolvendo Roncaglia, autor do gol do Boca Juniors no empate em 1 a 1 com o Corinthians, na La Bombonera, pela primeira final, outro caso teria abalado o elenco argentino. Segundo Falconi, alguns atletas ficaram tristes ao saber que o astro Juan Román Riquelme poderia fazer seu último jogo diante do Alvinegro paulista. “Eles me perguntaram antes do jogo, antes de entrar no vestiário. Eu disse que não sabia de nada. Eu queria jogar a partida, todo o resto não me interessava. Foi uma final de Copa Libertadores”, disse. “Essa notícia afetou o grupo. Mais de um chorou no final do jogo porque Riquelme estava se despedindo e não porque havia perdido. Eu disse a eles que eles nunca mais iriam jogar um jogo como esse e aconteceu, eles não jogaram mais”, acrescentou. Apesar da fala do comandante, Riquelme continuou no grupo Xeneize até 2014.