Servidores estaduais permanecem na área de fora da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) na manhã desta quarta-feira, 12, em protesto contra a reforma administrativa enviada pelo governo Rui Costa para votação. Policiais militares acompanham o ato. Deputados estão reunidos, neste momento, em sessão em outra parte da Alba. Ainda não se sabe se a pauta será votada hoje.
Os funcionários públicos são contrários a alguns pontos da medida. Dentre elas, o reajuste da alíquota previdenciária de 12% para 14% e a redução do repasse do governo ao Planserv (o plano de saúde do servidor baiano) de 4% para 2%. Eles pedem que a proposta seja discutida com a categoria antes de ser analisada pelos deputados.
Nesta terça, 11, os servidores também fizeram uma manifestação, invadindo o plenário da casa legislativa, durante a sessão que votaria a reforma. O protesto acabou resultando na suspensão da atividade.
Rui Oliveira, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), é um dos que estão presentes no ato desde terça. Ele afirmou que diversos servidores passaram a noite acampados no local e que eles vão ficar na Assembleia para evitar que a reforma seja votada.
"Nós já acampamos aqui por 115 dias (durante a greve da categoria, em 2012), o que é um dia a mais?", questionou ele, depois da suspensão da sessão nesta terça. Apoiando os demais servidores, mais de 200 delegados que ocupam postos de chefia resolveram entregar os cargos. Eles alegam que a reforma vai provocar perdas na remuneração deles de até 40%.
"Assim que for aprovado, o projeto vai impactar nos vencimentos, inclusive, com efeitos retroativos a novembro", afirmou Fábio Lordello, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia da Bahia (ADPEB), acrescentando que a medida proposta pelo governo " faz com que grandes conquistas dos delegados não sejam mais cumpridas". Os policiais civis e delegados também participaram da manifestação.
Policiais militares cercam nesta manhã a Alba, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e impedem que os manifestantes entreguem no prédio. Eles tentam evitar que confusões como as desta terça voltem a ocorrer, como a quebra de uma das portas de vidro que dava acesso ao plenário.