O meio-campo da Croácia e do Real Madrid tem um nome forte e de conhecimento mundial: Luka Modric. Eleito o melhor do mundo em 2018, o croata chega para o duelo contra a seleção brasileira nesta sexta-feira, 09, pelas quartas de final, com um carinho especial por seus adversários. O jogador de 37 anos é bem próximo de Vinicius Jr., Rodrygo e Militão, colegas de clube, além de Casemiro, com quem formou o famoso ‘Triângulo das Bermudas’, também ao lado de Toni Kroos. Quando o brasileiro deixou o clube rumo ao Manchester United, no início dessa temporada, Modric lamentou. “Fizemos história com ele, foi uma peça fundamental para nós. Sentiremos muita falta, como pessoa e jogador. Isso é parte do futebol. Estou triste de vê-lo ir,” disse à época. Num pedido do jornal Marca, o meio-campista escreveu uma carta para ‘Case’ chamando-o de “melhor guarda-costas do mundo” e “amigo”. Considerado veterano e um líder do Real, Modric é quase um pai para os brasileiros mais jovens do elenco, como Rodrygo, que o chama de PAPA. Em entrevista, o croata chegou a citar essa relação e elogiou o atacante brasileiro. “É um garoto muito bom, especial. Temos uma grande relação. Quando fala de ‘pai e filho’ é porque descobri que o pai dele tem a minha idade. Está jogando bem, é um garoto muito humilde e com os pés no chão. Fico feliz por ele e tem que seguir assim”, revelou.
E a inspiração que ele exerce nos brasileiros é muito real. Na estreia do Brasil nessa Copa do Mundo, Vinicius Jr. deu um passe de trivela para Richarlison marcar o segundo gol contra a Sérvia. O lance foi muito parecido com os que Modric está acostumado a fazer no time espanhol. Pós-jogo, em entrevista ao Fifa+, o brasileiro contou que realmente se inspirou no amigo no lance. “É que eu aprendi muito com o Modric e acabo fazendo muitas vezes nos jogos. Venho treinando bastante. O Ney até reclama às vezes que eu tenho dado bastante três dedos,” confessou. Porém, essa relação com brasileiros vem de muito antes do Real. Aos 21 anos, quando jogava no Dínamo Zagreb, o meio-campista aprendeu a falar português para dar bronca nos companheiros brasileiros. A situação foi revelada pelo zagueiro Carlos, ex-São Paulo, em entrevista ao blog do Rafael Reis, do UOL, em 2018. Quando ele se tornou capitão, precisou encontrar um jeito de mostrar que tinha liderança. Como éramos cinco brasileiros no time, ele aprendeu português. E, vira e mexe, a gente levava uma dura dele dentro de campo”, contou. Com tanta identificação brasileira, resta saber nesta sexta-feira quem vai se dar melhor nessa relação de amor.